sábado, 31 de outubro de 2009
Leituras
Os três volumes da Millennium são indispensáveis para quem, como eu, aprecia a literatura policial. Stieg Larsson consegue surpreender-nos ao virar de cada página.
Faz anos hoje - John Keats
Da Infopédia:
Poeta inglês nascido em 1795, em Londres, e falecido em 1821, em Roma. Com a publicação de Poems , em 1817, decidiu fazer da literatura a ocupação da sua vida, abandonando assim a carreira médica. No ano seguinte deu a lume o longo poema Endymion , que recebeu críticas violentas. Os ataques deixaram-no profundamente afectado, ao mesmo tempo que a doença o ia debilitando. Nos anos de 1818 e 1819, escreveu diversos poemas de grande mérito, como Lamia , Isabella e The Eve of St. Agnes .
John Keats. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-31]
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Faz anos hoje - John Adams
Da Infopédia:
Político norte-americano nascido em 1735, no Massachusetts, e falecido em 1826, no mesmo local. Foi primeiro vice-presidente, de 1789 a 1797, e segundo presidente dos Estados Unidos da América, de 1797 a 1801, sucedendo a George Washington.
John Adams. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-30]
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Mezzos
No próximo dia 2 de Novembro ficam disponíveis na amazon.co.uk, dois álbuns dos que considero os dois melhores mezzos que temos actualmente (ainda não fiz aqui uma crítica ao álbum da Garanka que adquiri recentemente, mas desde já adianto que foi uma grande desilusão).
Encomendei...
Faz anos hoje - Richard Dreyfuss
Da Infopédia:
Actor norte-americano, Richard Dreyfuss nasceu a 29 de Outubro de 1947, no bairro nova-iorquino de Brooklyn. Com nove anos, mudou-se com os seus pais para Los Angeles, onde se estrearia em teatro em 1957. Em 1964, foi chamado para desempenhar um pequeno papel na série televisiva Karen. Estreou-se no cinema com um papel de uma fala em The Graduate (A Primeira Noite, 1967). Com o desencadeamento do movimento hippie, mudou-se para San Francisco. Recusou-se a ser incorporado no exército americano que combatia nas selvas do Vietname, alegando estatuto de objector de consciência. Depois de cumprir uma pena de dois anos de serviço cívico num hospital, resolveu apostar na sua carreira de actor. Voltou a actuar em séries televisivas, até que o realizador John Millius o resgatou para ocupar o papel do gangster Babyface Nelson em Dillinger (1973). Apesar do papel secundário, Dreyfuss impressionou os críticos pelo vigor da sua interpretação. Mas a sua rampa de lançamento seria American Graffiti (Nova Geração, 1973) de George Lucas. A sua interpretação de adolescente inadaptado valeu-lhe uma nomeação para o Globo de Ouro. A sua afirmação fez-se quando Steven Spielberg o convidou para protagonizar dois filmes que foram êxitos de bilheteira e fariam história: Jaws (Tubarão, 1975) e Close Encounters of the Third Kind (Encontros Imediatos do Terceiro Grau, 1977). O ano de 1977 marcou a sua consagração, ao ser o actor mais novo de sempre a vencer o Globo de Ouro e o Óscar para Melhor Actor por The Goodbye Girl (Não Há Duas Sem Três, 1977). A sua personificação de actor arrogante em busca de trabalho, que aceita fazer uma adaptação gay da peça Ricardo III de Shakespeare, permitiu-lhe suplantar na noite dos Óscares intérpretes mais consagrados como Richard Burton e Woody Allen. O seu estatuto de galardoado permitiu-lhe aceitar desafios como interpretar um pianista virtuoso em The Competition (Um Amor em Competição, 1980) e um tetraplégico em Whose Life is it Anyway? (De Quem É a Vida Afinal?, 1981). Contudo, a imagem de Dreyfuss foi afectada com a publicitação do seu alcoolismo e dependência de drogas. Depois de um acidente de viação ocorrido em 1983, quando guiava debaixo da influência de alucinogéneos, dedicou-se a um longo processo de desintoxicação. Regressou em força para protagonizar a comédia Down and Out in Beverly Hills (Um Vagabundo na Alta Roda, 1986), cujo percurso comercial se revelou medíocre. Contudo, reencontrou-se com o sucesso com a comédia policial Stakeout (Debaixo de Olho, 1987). Spielberg voltou a apostar nele para o melodrama Always (Sempre, 1989) onde encarnou um piloto especialista em apagar fogos florestais, que depois de falecer num desastre regressa em forma de fantasma para proteger a sua namorada (Holly Hunter). No início da década de 90, dedicou-se quase exclusivamente ao teatro (em 1992, levou à Broadway a peça Death and the Maiden) e à produção de filmes como Quiz Show (1994). No ano seguinte, voltou a impressionar as plateias pela sua enérgica performance como compositor que tem a seu cargo um filho surdo e que decide ensinar música a jovens em Mr. Holland's Opus (O Professor, 1995), que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor. Desde então, tem-se dedicado à produção de séries documentais e participado em telefilmes.
Richard Dreyfuss. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-29]
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Bill Gates
Da Infopédia:
Presidente da Microsoft Corporation, empresa líder no desenvolvimento e fornecimento de software para computadores pessoais, William H. Gates III nasceu a 28 de Outubro de 1955, em Seattle, tendo lá vivido durante toda a sua infância. O seu pai, William H. Gates II, é advogado em Seattle e Mary Gates, a sua falecida mãe, era professora, reitora da Universidade de Washington e presidente da United Way International. Bill Gates começou a sua carreira como programador aos 13 anos, numa escola privada, Lakeside School, no Norte de Seattle. Em 1973, enquanto frequentava a universidade de Harvard, Bill Gates desenvolveu a versão de linguagem de programação BASIC para o primeiro microcomputador - o MITS Altair. Em 1975, Gates e o seu amigo de infância, Paul Allen, abandonaram a universidade e dedicaram-se a tempo inteiro à Microsoft, criando software para computadores pessoais. Actualmente, Gates encontra-se envolvido na direcção e na tomada de decisões estratégicas na Microsoft, desempenhando um papel de relevo no desenvolvimento técnico de novos produtos. Para Gates, o objectivo da Microsoft é criar novas tecnologias de software para tornar mais fácil, mais rentável e mais agradável o uso dos computadores. Em 1995, Gates escreveu o livro Rumo ao Futuro (The Road Ahead), a sua visão de como a informação tecnológica tomará conta da sociedade. Este livro manteve-se como número um na lista dos mais vendidos no New York Times, durante 7 semanas. Os resultados das vendas do livro são doados a um fundo não-lucrativo que apoia professores que incorporam computadores nas suas salas de aulas. Bill Gates investiu nos telefones celulares da Teledesic, acompanhando o pioneiro Craig McCaw. Estabeleceu, em 1994, ano em que casou com Melinda French, a William H. Gates Foundation,que apoia uma variedade de iniciativas de particular interesse para Gates e para a sua família. Desde então, a filantropia passou a ser um papel de relevo na consciência social de Gates. A Bill and Melinda Gates Foundation doou mais de 3.2 mil milhões de dólares a organizações de auxílio humanitário e investigação médica à escala mundial, 2 mil milhões de dólares para melhorar a qualidade de ensino e proporcionar novas oportunidades de aprendizagem. Em Fevereiro de 2006, em Lisboa, discursou numa conferência promovida pelo Governo sobre o tema: "Portugal: desafios da modernização administrativa" e no terceiro Government Leaders Forum Europe da Microsoft (Fórum de Líderes Governamentais). Leccionou ainda uma aula sobre "Os Computadores e a Internet do Futuro" a políticos e alunos, no Pavilhão Atlântico. Nesta visita, Bill Gates foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Bill Gates. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-28]
terça-feira, 27 de outubro de 2009
História a qu4tro mãos
Finalmente estou a conseguir voltar a pensar na evolução da História a qu4tro mãos.
Amiga Reflexos, estou a voltar à escrita.
Saudades...
O piri-piri no armário...
Um frasco de perfume na casa de banho...
Também por aqui se sente a tua presença pai.
Que saudades de ouvir-te chamar-me: " Meu querido filho..."
Presente
Obrigado... e pelas Bananas também...
Orquídea Branca
A ópera Orquídea Branca de Jorge Salgueiro, tá de volta ao palco do Baltazar Dias no dias 30 e 31 de Outubro e 1, 3, 4 e 5 de Novembro.
Faz anos hoje - James Cook
Da Infopédia:
Navegador, explorador e cartógrafo inglês, James Cook nasceu em 1728 e morreu em 1779. As suas viagens deram um contributo inestimável para o conhecimento geográfico, e foram também importantes para a constituição do império ultramarino britânico. Cook explorou as rotas e a costa canadiana (em 1759 e, depois, em 1763-1767), e conduziu três célebres expedições ao Oceano Pacífico, desde a Antárctida até ao Estreito de Bering, e da costa norte da América até à Austrália e à Nova Zelândia. Em 1768 foi-lhe dado o comando de uma expedição ao Pacífico Sul para testemunhar o eclipse do sol. Empreendeu depois expedições ao Tahiti, à Nova Zelândia e à Austrália (1769-1771), local que nomeou de Nova Gales do Sul. Regressado a Inglaterra, voltou a fazer-se ao mar, desta vez já com o cargo de comandante. Fez uma circum-navegação do mundo para explorar o Pacífico Sul (1772-1775) e com o objectivo de abrir do Pacífico para o Atlântico a "passagem de nordeste". Explorou também o Oceano Antárctico e descobriu a Nova Caledónia, Nova Geórgia, as Ilhas Salomão e Lealdade. Cartografou toda a costa da Sibéria. No caminho de Tahiti para o Estreito de Bering, descobriu as ilhas Hawai (1778), onde foi morto por um indígena.
James Cook. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-27]
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
L'Italiana in Algeri - Teatro Real de Madrid - Maxim Mironov
Maxim Mironov é o tenor.
O primeiro vídeo é de 2006 e o segundo de 2003.
Será que vamos ter Mi bemol? (Ver o final do segundo vídeo).
Claro que a interpretação no vídeo mais recente é superior, mesmo sem o Mi bemol final.
Faz anos hoje - Francois Miterrand
Da Infopédia:
Líder político francês, nasceu em 1916, em Jarnac, e morreu em 1996, em Paris. Em 1981, tornou-se o primeiro socialista Presidente da República desde a fundação da Quinta República francesa em 1958. Ocupou o cargo durante catorze anos. Estudou Direito e Ciência Política em Paris e durante a Segunda Guerra Mundial alistou-se na Infantaria. Em Junho de 1940 foi ferido e capturado pelos alemães. Depois de escapar da prisão, juntou-se à resistência. Segundo descobertas recentes dos investigadores, porém, terá servido o regime colaboracionista do marechal Pétain, mas esta é uma fase da sua vida pessoal e política que se encontra ainda insuficientemente estudada. A partir de 1947, Mitterrand passou a fazer parte da coligação governamental de Paul Ramadier, tendo sido eleito para a Assembleia Nacional. Durante doze anos ocupou cargos governamentais em nada menos que onze Governos de curta duração da Quarta República. Originalmente centrista, Mitterrand foi evoluindo para as ideias políticas de esquerda. Em 1958 manifestou a sua oposição a Charles de Gaulle, oposição que concretizaria em 1965 com uma candidatura presidencial. Foi, no entanto, derrotado por de Gaulle nas eleições. Em 1971 foi eleito secretário-geral do Partido Socialista Francês. Mesmo com a posição assim alcançada, voltou a sofrer nova derrota nas urnas em 1974. A sua estratégia de unir a esquerda não teve acolhimento junto do eleitorado. Só em 1981, e já separado dos comunistas, conseguiu vencer as eleições, derrotando Valéry Giscard d'Estaing. Foi eleito para novo mandato em 1988. Como presidente da República, Mitterrand levou a cabo um programa de nacionalização das instituições financeiras como suporte para o crescimento industrial. Os salários tiveram poucos aumentos mas a população usufruiu de maiores benefícios sociais. As suas políticas económicas causaram o aumento da inflação. Prosseguindo uma política de pragmatismo económico, foi acusado, no fim do seu primeiro mandato na Presidência, de ter abandonado as doutrinas do socialismo e de se ter convertido ao liberalismo. Entretanto, ordenava a construção de obras públicas monumentais. No plano das relações externas, cultivou um bom relacionamento com os Estados Unidos, ao mesmo tempo que, aliando-se à Alemanha liderada por Helmut Kohl, fazia da França um dos países com maior responsabilidade política no processo de criação da União Europeia.
François Mitterrand. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-26]
domingo, 25 de outubro de 2009
Mudança de hora
Anuncia-se a chegada do Inverno.
De qualquer forma, não é preciso exagerar! Então não é que num dos centros comerciais desta terra já se montou uma árvore de Natal?
Haja paciência, estamos em Outubro e estão 26º de temperatura...
Faz anos hoje - Johann Strauss (filho)
Da Infopédia:
Compositor austríaco famoso pelas suas valsas vienenses e pelas operetas que compôs. Nasceu em 1825, em Viena, na Áustria, e morreu em 1899, também em Viena. Filho do famoso compositor Johann Strauss, o jovem Strauss Jr. teve que lidar com a proibição, imposta pelo pai, de seguir uma carreira musical. Mesmo assim, demonstrou sempre uma maior dedicação às suas lições secretas de violino, em detrimento do trabalho na escola. O seu primeiro concerto, em 1844, aconteceu num subúrbio de Viena, conseguindo um êxito assinalável e que depressa catapultou o seu nome para o reconhecimento. Na ocasião da morte do pai, em 1849, Strauss Jr. era já uma referência nos meios culturais austríacos, conquistando nesses meandros o epíteto de rei da valsa vienesa. Graças a esse estilo musical, do qual não pode ser dissociado, fez furor a nível mundial, granjeando o apoio de inúmeros seguidores da sua música. Viajou pela Áustria, Polónia e Alemanha. Em 1855, foi contratado para uma série de actuações, durante dez anos, no Petropaulovsky Park, em São Petersburgo. Depois da valsa, influenciado pelas operetas de Offenbach, Strauss Jr. produziu algumas peças nesse formato. De entre as 17 operetas que compôs, merece nota de destaque a sua primeira, Die Fledermaus (1871). Além deste, o seu trabalho mais célebre, comummente designado O Danúbio Azul, tornou-se uma espécie de hino não oficial da Áustria e, simultaneamente, a sua peça mais conhecida. Em 1872, conduziu vários concertos em Nova Iorque e em Boston. A sua obra é relativamente extensa e abarca diversos estilos. Johann Strauss Jr. compôs 17 operetas, um bailado inacabado (Cinderella 1899) e cerca de 400 valsas, polkas e outras danças. Para além das peças já referidas, uma menção para as valsas Rosen aus dem Süden (Rosas do Sul, 1880), Kaiser - Waltzer (A Valsa do Imperador, 1888) e Geschichten aus dem Wienerwald (Histórias dos Bosques de Viena, 1868).
Johann Strauss (filho). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-25]
sábado, 24 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Wilhelm Weber
Da Infopédia:
Físico e matemático alemão conhecido pelo estudo da indução electromagnética. Nasceu em 1804, em Wittenberg, e faleceu em 1891, em Göttingen. Em 1822, ingressou na Universidade de Halle onde se doutorou, em 1826, e tornou-se professor em 1828. Foram inúmeros e valiosos os seus trabalhos de investigação sobre acústica, elasticidade dos corpos e indução electromagnética. Em 1833, construiu os primeiros telégrafos eléctricos utilizados na ligação entre o Observatório Astronómico e o Laboratório de Física. Foi considerado o precursor da teoria electrónica ao afirmar, em 1871, que a corrente eléctrica pode ser devida ao transporte de pequenas partículas eléctricas. Em sua homenagem, a unidade SI de fluxo magnético tem o seu nome - weber (Wb).
Wilhelm Weber. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-24]
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Jean Andoche Junot
Da Infopédia:
General francês, nascido em 1771 e falecido em 1813, e primeiro ajudante-de-campo de Napoleão. Dirigiu o exército francês que invadiu o território de Portugal em 1807. A sua estratégia e organização militar não conseguiram fazer frente às tropas inglesas comandadas pelo Duque de Wellington, perante as quais viria a capitular na Batalha do Vimeiro, em 1808. Regressou ao território nacional em 1810, desta vez integrado no exército de Massena, mas também não conseguiria fazer frente ao exército anglo-luso no Buçaco e em Torres Vedras.
Jean Andoche Junot. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-23]
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Um prenúncio de morte
Está tudo bem, não é preciso médico, os enjoos passam ao deitar.
Depois a cor, um amarelo de icterícia, mas está tudo bem... vai passar.
A ida ao médico, a decisão de consulta no hospital e o diagnóstico seguido de internamento.
Nada de especial, uma cirurgia e ficará tudo bem.
São precisos exames, mas há feriados e tudo se atrasa e o tempo passa e o internamento contínua.
A operação demora muito? Demora pouco? Cinco horas no mínimo.
Passam cinco, passam seis, passam sete e passam oito. Demorou nove, mas correu bem. É preciso ventilador devido ao tempo de anestesia.
Ar condicionado, provoca pneumonia.
O pânico instala-se.
Quando sairá do S.O.? A pneumonia teima em regredir.
Está melhor, não precisa de ventilador, mas de uma máscara com oxigénio. Por uns dias pelo menos.
Está difícil fazer regredir a pneumonia. Surgem uma bactéria e um vírus. Antibióticos, ventilador.
Hoje está melhor, amanhã está pior...
Melhor, pior, pior, hoje melhor, mas depois pior, pior.
Cura a bactéria e cura o vírus, mas está débil precisa de ventilador.
Com ventilador, sem ventilador...
Melhor, pior, pior, melhor.
Surge uma pequena mancha no pulmão. O que será?
É um tumor.
Pânico!
Pode ser benigno e até é pequeno.
Fazer análises e biopsia.
Esperamos, esperamos...
As análises são negativas, mas a biopsia demora...
Esperamos, esperamos...
Um telefonema, o resultado. Deu positivo.
Desmoronamos..
Não há hipóteses de quimioterapia, está fraco.
Tenta-se retirar do ventilador e diminuir os sedativos, mas não se consegue.
Está cansado, sem forças...
Nós também, sem forças e sem esperança.
Esperamos, esperamos, esperamos.
O quê? Um telefonema final.
Um milagre, quem sabe...
E, um dia, o telefonema surge... O FIM.
A tristeza instala-se, o pânico surge e a dor quase mata.
O ritual da morte apodera-se de nós.
É preciso reconhecer. Vejo e toco e é tão frio...
Depois carregar, e por fim a terra.
O barulho ensurdecedor da terra a cair sobre o caixão...
Gosto da nova Ministra da Cultura (Gabriela Canavilhas)
Sei que estava a fazer um óptimo trabalho como Directora Regional da Cultura do governo dos Açores e, por isso, tenho esperança que as coisas melhorem a nível nacional.
Parabéns Gabriela.
Faz anos hoje - Leitão de Barros
Da Infopédia:
Realizador de cinema e jornalista português, José Júlio Leitão de Barros nasceu a 22 de Outubro de 1896, no Porto, e faleceu a 29 de Julho de 1967, em Lisboa. Tendo frequentado a Escola de Belas-Artes, as faculdades de Ciências e Letras de Lisboa e também a Escola Normal Superior da Universidade de Lisboa, exerceu a profissão de professor no Liceu Passos Manuel. Para além do ensino, Leitão de Barros dedicou-se também ao jornalismo, actividade que iniciou em 1916. Colaborou nos jornais mais importantes da sua época, através de artigos, reportagens, entrevistas, críticas e crónicas, entre os quais se destaca uma entrevista a Salazar publicada n'O Século e as crónicas surgidas no Diário de Notícias entre 1953 e 1967. Colaborou no teatro como autor e cenografista, ficando o seu nome, por outro lado, também ligado à pintura, área em que o seu valor foi reconhecido em exposições e prémios, tanto em Portugal como no estrangeiro. O facto de ter estado activamente presente em iniciativas muito importantes para o Estado Novo, concebendo e dirigindo festejos históricos (foi ele quem criou a "tradição" das marchas populares em Lisboa), contribuiu igualmente para que se tornasse conhecido. Evidenciou-se no cinema a partir de 1918, através da Lusitânia Film (uma das várias tentativas de lançar uma produção industrial que se deram em Portugal nas décadas de 10 e 20), para a qual realizou dois filmes e um terceiro que não chegou a terminar. Na sua vasta filmografia, distinguem-se as superproduções históricas Bocage (1936), Inês de Castro (1945) e Camões (1946), e também Lisboa, Crónica Anedótica (1930), Maria do Mar (1930), A Severa (1931), As Pupilas do Senhor Reitor (1935), Ala-Arriba e Maria Papoila (1937), que constituem alguns dos mais marcantes momentos do cinema português dos anos 30 e 40.
Leitão de Barros. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-22]
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Georg Solti
Da Infopédia:
Maestro de origem húngara nascido em 1912, em Budapeste, e naturalizado britânico em 1972. Na juventude, estudou com Bartók e Kodály, e foi assistente de Toscanini. Ao longo de uma carreira largamente premiada, foi director da Ópera de Munique, da Ópera de Frankfurt, do Covent Garden e da Orquestra Sinfónica de Chicago, e sucedeu a Herbert von Karajan à frente do Festival de Salzburgo. Faleceu em 1997.
Georg Solti. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-21]
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Sacrificium (Cecilia Bartoli) e Uma noite não são dias (Mário Zambujal)
Temos um país rico
Como somos um país rico, vamos-nos metendo nestas aventuras. Aliás, a experiência do Europeu de futebol não serviu de nada. Não aprendermos a estar quietos.
Não acreditam?
É que nesse tal Europeu de Futebol, construíram-se dois, sim dois, estádios em Lisboa a uma distância de menos de um quilómetro um do outro, mais um no Algarve que está às moscas e que, espantem-se, não pode ser utilizado no Mundial porque não tem capacidade suficiente, e ainda mais um em Aveiro que se está a pensar demolir.
Então? Somos ou não somos ricos?
Somos ricos sim senhor...
Viagens (TAP Victoria)
Em primeiro ligar deixem-me referir que, na minha opinião, o programa de fidelização da TAP anda pelas ruas da amargura, aliás, o mal é geral nesta companhia onde até os pilotos parecem ter perdido a cabeça ao exigirem aumentos de 9% nos seus vencimentos (cujo valor médio é de 6000 €, se não estou em erro). Não quero com isto dizer que a culpa da crise na TAP é dos pilotos, não são eles que gerem a companhia, mas lá que as razões da greve são para o "povo" português um atentado à pobreza, não tenho a menor dúvida.
Mas adiante, que eu continuo a gostar muito da TAP, mas cada vez a viajar mais em LowCost.
Já ando há algum tempo a planear uma viagem a Nova Iorque e a promoção no programa Victoria vinha mesmo a calhar, uma vez que me permitia viajar entre o Funchal e essa cidade por apenas 50.000 milhas e em executiva.
Antes mesmo de simular a marcação de viagens, entro no "site" do MET, para dar uma vista de olhos na temporada 2009/10. Já estive uma vez em Nova Iorque e não fui ao MET, por isso, desta vez isso não pode voltar a acontecer.
Descobri duas récitas quase perfeitas e coladas uma à outra. O Barbeiro de Sevilha com a Damrau (preferia a DiDonato), o Brownlee, o Vassalo e o Ramey, e o Attila com a Urmana, o Vargas e o Alvarez (e o Mutti a dirigir, infelizmente).
Como havia várias possibilidades de datas nos meses de Fevereiro e Março de 2010, segui para o "site" Victoria com todo o entusiasmo. Mas, passada quase meia hora desisti. Tentei tudo e mais alguma coisa, mas só obtive respostas de que "não há voos para os dias que escolhi", mesmo quando selecciono a opção de "flexibilidade de datas", soluções com idas por Lisboa que obrigam a passar uma noite e regressos pelo Porto que obrigam a passar outra noite e tentativas de marcar e ida e a volta em separado sempre goradas.
Vou, por tudo isto, aguardar pela temporada de 2010/11 do MET e tentar usar as milhas nessa altura, se o programa Victoria ainda existir.
Entretanto, já em Novembro vou a Madrid assistir a duas récitas da Italiana em Argel, uma com a Kasarova e outra com a Tro Santafé. Viajo na easyJet porque a viagem fica mais barata do que as taxas que teria que pagar se usasse as milhas do TAP Victoria.
Como curiosidade, as taxas a pagar se usasse um bilhete prémio TAP Victória entre o Funchal e Nova Iorque, teriam um valor superior a 300 euros.
Haja dinheiro, e paciência...
Faz anos hoje - Arthur Rimbaud
Da Infopédia:
Poeta francês, de nome completo Jean-Nicolas-Arthur Rimbaud, nasceu a 20 de Outubro de 1854 em Charleville, nas Ardenas. O pai, soldado tarimbeiro, abandonou a família quando Arthur contava seis anos de idade, pelo que foi educado apenas pela mãe, uma criatura autoritária e profundamente religiosa. Frequentando a escola de província até aos quinze anos de idade, Rimbaud mostrou-se um aluno de capacidades excepcionais mas indomáveis. Partindo da sua Paris natal, conseguiu atingir a Bélgica aos dezasseis, o que lhe valeu escolta policial até casa. Publicou nesse ano de 1870 o seu primeiro poema e, no seguinte, conhecendo Verlaine, desencaminhou-o da sua condição de homem de família, frustrado no absinto, e juntos chegaram a Londres, para dar início a uma vida de álcool e drogas. Publicou o seu primeiro livro, Le Bâteau Ivre em 1871. Os hábitos pouco higiénicos de Verlaine desencantaram Rimbaud, especialmente quando o seu amante explodiu numa crise de ciúmes, e o alvejou num pulso. O episódio acabou com uma estadia de Verlaine na prisão belga e o regresso de Rimbaud ao abrigo da quinta familiar. Em 1873 apareceu um dos seus livros mais famosos, a colectânea de poemas intitulada Une Saison En Enfer , em que o autor descia aos infernos quase ao estilo de Dante. Em Adeus , o último trecho do livro, resume a tragédia de alguém que quisera descobrir uma poesia nova ao cultivar as sensações, e apenas obtivera um caos de imagens. Em 1874 partiu de novo para Londres, e na Biblioteca Nacional Britânica foi-lhe interdita a leitura das obras de Sade, por não ter atingido a maioridade de vinte e um anos. A partir de 1875 recomeçou a sua vida deambulante, aprendendo uma série de idiomas, como o Alemão, o Italiano, o Grego e o Árabe, entre muitos outros. Trabalhou como professor na Alemanha, estivador no porto de Marselha e, alistando-se no exército holandês, acabou por desertar no arquipélago indonésio. Passou depois a agente comercial de importações-exportações ao serviço de diversas empresas francesas, dedicando-se a negócios obscuros de honestidade duvidosa que o levaram a destinos tão variados como Java, Chipre, Etiópia e o Egipto. Em 1886 surgiu Illuminations , numa edição realizada por Verlaine. A obra restabeleceu a reputação de Rimbaud como poeta, graças à sua profundidade espiritual, em que o autor demonstrava a sua preferência pelo humano em detrimento do divino. Em Fevereiro de 1891, Rimbaud viu a sua alma de caminhante mutilada, quando em Marselha começou a sentir fortes dores no joelho esquerdo. Foi-lhe diagnosticado um cancro e a perna teve que ser amputada. Após um período de alucinações e transes, Rimbaud acabou por falecer em Marselha a 10 de Novembro de 1891. O seu último escrito, Lettre au Directeur des Messageries Maritimes , conta-se entre o melhor que a lucidez do poeta nos soube dar.
Arthur Rimbaud. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-20]
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Raul Solnado
Da Infopédia:
Comediante e actor português de teatro, cinema, rádio e televisão, nascido a 19 de Outubro de 1929, no bairro da Madragoa, em Lisboa. Faleceu a 8 de Agosto de 2009, aos 79 anos, na sua terra natal. Iniciou a sua carreira artística aos 17 anos como actor amador na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, onde foi colega de José Viana, de Varela Silva e de Jacinto Ramos. O gosto pelo teatro levou-o a inscrever-se, em 1951, num curso nocturno do Conservatório Nacional. A sua estreia como profissional foi feita a 10 de Dezembro de 1952 no Maxime integrando o elenco do espectáculo Sol da Meia-Noite escrito por José Viana. Numa noite em que Vasco Morgado estava na plateia do Maxime, o empresário convidou-o para trabalhar no Parque Mayer. A sua primeira revista foi Canta, Lisboa! (1953) onde trabalhou ao lado de Laura Alves. Nos primeiros anos, fez a aprendizagem ao lado das primeiras figuras da revista da época, onde se incluíam nomes como os de António Silva, Irene Isidro, Vasco Santana, Teresa Gomes, João Villaret, Assis Pacheco e Manuel Santos Carvalho. Solnado passou também pela opereta, na altura já um género em decadência, integrando o elenco de Maria da Fonte (1953) e de O Zé do Telhado (1955). A estreia cinematográfica de Solnado fez-se numa curta-metragem de Ricardo Malheiro: Ar, Água e Luz. Seguiu-se um pequeno papel de detective ao lado de Humberto Madeira em O Noivo das Caldas (1956) de Arthur Duarte. Em 1956, casou-se com a actriz brasileira Joselita Alvarenga, de quem se separaria em 1970. Deste casamento, nasceriam dois filhos, Alexandra e José Renato. Gradualmente tornou-se um dos actores mais promissores do panorama artístico nacional. Começou a protagonizar as suas primeiras revistas: Música, Mulheres e... (1957) e Três Rapazes e Uma Rapariga (1957). Depois de pequenos papéis em Perdeu-se um Marido (1957) de Henrique Campos e Sangue Toureiro (1958) de Augusto Fraga, fez o primeiro filme como protagonista: a comédia O Tarzan do Quinto Esquerdo (1958), também realizado por Augusto Fraga. Em 1958, deu os seus primeiros espectáculos no Brasil, país onde desfrutou de enorme popularidade e sucesso. De novo em Portugal, regressou ao Parque Mayer, desta vez ao Teatro ABC, para protagonizar a revista Vinho Novo (1959), ao lado de José Viana. Em 1961, enfrentou os seus primeiros problemas com a Censura: Solnado e Camilo de Oliveira são julgados por ofensas contra a Comissão de Exame e Classificação dos Espectáculos por terem representado falas que tinham sido abolidas pela censura. Em 1960, juntamente com Humberto Madeira e Carlos Coelho, tornou-se sócio da Companhia Teatral do Capitólio. Pelo seu desempenho secundário de sacristão no filme As Pupilas do Senhor Reitor (1961) de Perdigão Queiroga, foi agraciado com o Prémio SNI para Melhor Interpretação Masculina. Marcou presença num dos momentos mais emblemáticos do Cinema Novo português: foi o protagonista de Dom Roberto (1962) de José Ernesto de Sousa. Ao lado de Glicínia Quartin, Rui Mendes e Adelaide João, Solnado desempenhou João Barbelas, um pobre fantocheiro de rua que salva a sua amada do desespero, passando ambos a viver num mundo de esperança e de ilusões. O registo dramático de Solnado foi elogiado em todos os panoramas jornalísticos nacionais que glorificaram a versatilidade interpretativa do actor. Dom Roberto veio a ser o primeiro filme português a ser distinguido no Festival de Cannes com o Prémio da Jovem Crítica. Em 1961, Solnado atingiu o auge da sua popularidade com a rábula A História da Minha Ida à Guerra de 1908, representada pela primeira vez na revista Bate o Pé. A rábula seria mesmo transcrita para disco, tornando-se um fenómeno de vendas pouco usual para a época. Após uma discreta participação no filme O Milionário (1962), de Perdigão Queiroga, e depois de muitos sucessos revisteiros em Portugal e no Brasil, fundou, em 1964, o Teatro Villaret com uma Companhia própria. Aí protagonizaria sucessos de público como O Impostor-Geral (1965), Braço Direito Precisa-se (1966), Desculpe Se o Matei (1966), Pois, Pois (1967) e A Preguiça (1968). Juntamente com Fialho Gouveia e Carlos Cruz, entrou para a História da Televisão portuguesa, apresentando o programa Zip Zip (1969). Esta mistura de talk-show com números cómicos e musicais acabou por alcançar uma popularidade nunca antes vista, a ponto de o cancelamento do programa ter sido recebido com grandes manifestações de pesar e protesto. Após a Revolução do 25 de Abril de 1974, filiou-se no Partido Socialista e optou por passar largas temporadas no Brasil, onde protagonizou o filme Aventuras de um Detective Português (1975). De volta ao seu país natal, encarnou as personagens principais das peças Isto é Que Me Dói (1978), Felizardo e Companhia (1978), Há Petróleo no Beato (1981) e SuperSilva (1983). Em palco, foi ainda actor convidado do Teatro Nacional D. Maria II (O Fidalgo Aprendiz, de Francisco Manuel de Melo, em 1988) e do Teatro Nacional de S. Carlos (O Morcego, de Strauss, em 1992), e teve também papéis de destaque em As Fúrias, de Agustina Bessa-Luís (1994), O Avarento, de Molière (1995), e O Magnífico Reitor, de Diogo Freitas do Amaral (2001). Relativamente ao cinema e depois do seu regresso a Portugal, voltou a esta arte pela mão de José Fonseca e Costa num impressionante registo dramático de Inspector Elias Santana em A Balada da Praia dos Cães (1987). Daí para a frente, para além das participações em palco já mencionadas, apostou sobretudo em trabalhos televisivos: ao lado de Armando Cortez e de Margarida Carpinteiro, protagonizou a sitcom Lá em Casa Tudo Bem (1988), participou nas telenovelas A Banqueira do Povo (1993) e Ajuste de Contas (2000) e no telefilme da SIC Facas e Anjos (2000) onde pôde realizar o velho sonho de vestir a pele de um palhaço. Em 1991, lançou a biografia A Vida Não Se Perdeu. Foi também sua a ideia de criar a Casa do Artista, concretizada depois por Armando Cortez, Manuela Maria e Carmen Dolores, e inaugurada oficialmente em Setembro de 1999.
Raul Solnado. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-19]
domingo, 18 de outubro de 2009
Agradecimento
O Outras Escritas parou, tinha que parar. Era humanamente impossível para mim escrever aqui fosse o que fosse. Todo o meu tempo foi dedicado a confortar a família e a tratar de burocracias e formalismos. Fiz coisas que pensei nunca ter que fazer ou não ter coragem para tal.
Agradeço especialmente à Reflexos por esta mensagem no Desvios.
Agora, estou a juntar os cacos e pronto para continuar. O Outras Escritas está de volta.
Faz anos hoje - Telejornal
A RTP está de parabéns. Ainda hoje o Telejornal é o noticiário que prefiro. É o mais sóbrio e o menos sensacionalista.
Blogue da Semana (XXXIII) - Hora Madeira
Faz anos hoje - Padre Manuel da Nóbrega
Da Infopédia:
Padre português, Manuel da Nóbrega nasceu no Norte de Portugal, não muito longe do rio Douro, tanto quanto se sabe, apontando muito historiadores a povoação de Sanfins do Douro, não longe do Porto, como a terra que o viu nascer a 18 de Outubro de 1517, o mesmo dia e mês em que, coincidentemente, viria a falecer em 1570, no Rio de Janeiro. Mais importante que o local de nascimento foi a sua vida intensa dedicada ao sacerdócio, à Companhia de Jesus e à evangelização das Terras de Santa Cruz, onde foi um dos pioneiros da sua abertura ao Ocidente. Estudou Cânones em Salamanca e depois em Coimbra (em 1541). Nesta mesma cidade do Mondego entrou para a Companhia de Jesus, a 21 de Novembro de 1544, quatro anos depois da Ordem, fundada por Santo Inácio de Loyola (em 1534) ter sido aprovada pelo papa, a quem os jesuítas faziam voto de servir como uma autêntica milícia cujas armas eram o Evangelho e a Palavra. Depois de estudar e se ordenar sacerdote, encabeçou a primeira missão jesuítica ao Brasil, que zarpou de Lisboa em 1 de Fevereiro de 1549 e chegou à Baía em 29 de Março, integrado na armada de Tomé de Sousa, de quem foi amigo e conselheiro. Foi-o também de Mem de Sá, outro governador do Brasil, a quem ajudou na expulsão dos franceses da baía de Guanabara em 1560 (sediados no forte Coligny, no Rio de Janeiro), aliados que estavam estes aos índios Tamoios, que instigaram contra os portugueses. Na ajuda e conselhos que a ambos deu pode-se aferir que Manuel da Nóbrega foi um dos obreiros do primeiro esforço colonizador e explorador daquelas terras do Atlântico Sul, que muito bem conhecia. Antes, porém, de rumar para o Brasil fez ainda uma peregrinação a Santiago de Compostela. A sua acção apostólica irradiou a partir da igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Salvador da Baía, levantada pelos jesuítas em Abril e Maio de 1549, mal tinham ainda chegado ao Brasil. A cidade de Salvador teve na sua fundação a mão do Pe. Manuel da Nóbrega, que ajudou também a fundar o Rio de Janeiro e apoiou, como se viu, a luta dos portugueses para expulsar os franceses do litoral brasileiro. Aliás, foi graças aos seus conselhos e incitações que os portugueses não se remeteram apenas ao litoral, principalmente naquilo que hoje constitui o Estado de S. Paulo, convencendo-os a transpor a Serra do Mar e a penetrar no sertão paulista. Dele partiu até o exemplo, pois foi o primeiro a vencer aquelas montanhas e a embrenhar-se pelo vale do rio Piratininga, em cujas margens fundou um povoado que é hoje a maior cidade do Hemisfério Sul: S. Paulo. A fundação do aldeamento - primeiro com o nome do citado rio - ocorreu em 29 de Agosto de 1553. Em 25 de Janeiro de 1554, transferiu para lá o colégio de S. Vicente (vindo da cidade do mesmo nome, no litoral paulista), dando-se então a fundação efectiva de S. Paulo. Mas a sua acção missionária e exploratória não se remeteu àquela região, mas a todo o litoral entre S. Vicente e Pernambuco, região a norte da Baía, sempre em articulação com o poder político, que nunca descurou os conselhos do jesuíta português. Entre os seus auxiliares, destacou-se um outro grande jesuíta da evangelização do Brasil, o Pe. José de Anchieta. O sucesso dos jesuítas foi notável, logo conseguindo grandes frutos do labor apostólico a que se votaram desde a chegada, o que se pode avaliar pela nomeação do Pe. Manuel da Nóbrega, em 9 de Julho de 1553, para superior maior (ou provincial) da Companhia de Jesus no Brasil e em outras regiões "mais além". Mas o seu sucesso não se ficou apenas na evangelização e missionação, na exploração ou como conselheiro, mas também na suas obras escritas. Entre outras, escreveu Diálogos sobre a conversão do gentio, primeiro texto em prosa da literatura brasileira, datado de 1557, Cartas do Brasil (1549-1570), um interessante Tratado contra a Antropofagia e contra os Cristãos Seculares e Eclesiásticos que a Fomentam e a Consentem (1559), e Caso de Consciência para a Liberdade dos Índios (1567), obra inspiradora de tantas outras que surgiriam em defesa do índio no Brasil e seria uma das bandeiras dos jesuítas na América do Sul, luta em que se destacou outro português, Pe. António Vieira, também sacerdote da Companhia. O Pe. Manuel da Nóbrega também é celebrado como grande defensor e protector dos índios. Entretanto, ainda em 1558 escreveu Informação das coisas da terra e necessidade que há para se proceder nela, autêntico alfobre de indicações preciosíssimas sobre o Brasil por desbravar. Quando faleceu, no dia do seu aniversário, em 1570, o Brasil contava já com uma província jesuítica estabelecida, activa e promissora, com uma rede de colégios, residências e um plano de missões apurado e contínuo por todas as terras colonizadas ou em fase de exploração, para o que muito os seus padres contribuíram. Todo este esforço se deve, sem dúvida, ao Pe. Manuel da Nóbrega, figura ímpar nos alvores do Brasil, desdobrada em múltiplas e frutuosas actividades e correndo todo o território, empresa ainda hoje difícil, quanto mais naquele longínquo século XVI.
Padre Manuel da Nóbrega. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-18]
terça-feira, 13 de outubro de 2009
O Cansaço
Volto ao Outras Escritas com a brevidade possível.
Aproveito para agradecer as palavras amigas dos meus amigos leitores.
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Miguel Falabella
Da Wikipédia (desculpem o português brasileiro):
Miguel é um artista multimídia, considera-se um "worklover". Ainda quando pequeno, quando morava na Ilha do Governador, assistiu ao musical Hello, Dolly, estrelado por Bibi Ferreira, e se encantou pelo mundo da dramaturgia.
Estreou na televisão em 1982, no programa Caso Verdade, no episódio Jam e Jim, onde dava vida ao personagem título. Logo depois, participou de sua primeira novela, Sol de Verão, de Manoel Carlos, como o médico Romeu.
Conquistou o sucesso em 1986, ao interpretar Miro, no remake Selva de Pedra, de Janete Clair. Muitos não acreditavam no talento dele, primeiramente por ser novo na televisão, mas principalmente por na primeira versão da novela, em 1972, Carlos Vereza ter dado um show interpretando o personagem. Porém, Miguel se superou e sua atuação foi comparada a de Verez. Houve quem dissesse que ele superou a do veterano.
Estreou como apresentador de televisão no programa Vídeo Show, em agosto de 1987. O sucesso foi tanto, que Miguel permaneceu a frente do programa até 2002, quando foi substituído por André Marques, no mês de janeiro. Segundo Miguel, ele mesmo pediu para sair, por achar que as coisas têm um ciclo e que sempre é bom deixar saudades.
É um artista bastante ativo no teatro e na televisão. Nos palcos, além de musicais nacionais, costuma trazer a Broadway para o Brasil. Atuou no grande sucesso Loiro, Alto, Solteiro, Procura e escreveu também A Partilha, peça que ganhou versão para o cinema (com direção de Daniel Filho). Na televisão, dentre muitos trabalhos, alcançou grande popularidade apresentando o programa Vídeo Show durante 15 anos, e também representando Caco Antíbes no humorístico Sai de Baixo.
Sua ligação com a poesia e a escrita é forte. Participou de alguns CDs de poesia, e escreveu alguns livros. Foi também autor de várias crônicas publicadas em jornais e revistas, sua coleção mais famosa delas era intítulada Coração Urbano.
Está no ar atualmente em Toma Lá, Dá Cá (Rede Globo), como o ex-surfista Mário Jorge. Também assina o roteiro, ao lado da amiga Maria Carmem Barbosa.
Com tradução e direção dele, está em cartaz o musical Hairspray.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Mário de Andrade
Da Infopédia:
Escritor brasileiro, Mário de Andrade nasceu em 1893 e morreu em 1945. Dividiu a sua actividade por diversos campos da cultura: a poesia, a ficção, a crítica literária e de artes plásticas, a musicologia e o folclore. Figura proeminente do Modernismo, estreou-se com uma obra ainda de influência parnasiano-simbolista - Há uma gota de sangue em cada poema (1917). Participou na Semana de Arte Moderna, realizada em S. Paulo em Fevereiro de 1922, e que viria a marcar cronologicamente o lançamento do Modernismo brasileiro. Libertou-se da métrica em Paulicéia Desvairada (1922), obra esteticamente baseada em experiências de livre associação de imagens. Em Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927) e Remate de Males (1930) utilizou termos e imagens de sabor popular. Na ficção Amar, Verbo Intransitivo (1927) o enredo desenrola-se livremente, entremeado de digressões entre o jovial e o zombeteiro. Em Macunaíma (1928), Andrade baseou-se nos feitos do herói mítico ameríndio que dá o nome à obra. Nele vários críticos viram o símbolo da imaturidade do povo e da cultura brasileiros. Teórico do Modernismo em A escrava que não é Isaura (1925), Mário de Andrade fez igualmente a sua crítica em Aspectos da Literatura Brasileira (1943), O Baile das Quatro Artes (1943) e O Empalhador de Passarinho. De uma preocupação com os factores psicológicos do comportamento evoluiu para uma maior atenção dada ao trabalho artesanal da própria escrita da obra literária, empregando uma linguagem enraizadamente popular. É de salientar, ainda, a edição do seu diário, O Turista Aprendiz , publicado em 1977.
Mário de Andrade. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-09]
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Desabafo
Uma espera desesperante que não me deixa estar aqui...
Faz anos hoje - Matt Demon
Da Infopédia:
Actor e argumentista norte-americano, Matthew Paige Damon nasceu a 8 de Outubro de 1970, em Cambridge, estado de Massachusetts. Estreou-se no cinema, como figurante, ao lado de Julia Roberts no filme Mystic Pizza (Pizza, Amor e Fantasia, 1989). Nas rodagens de Field of Dreams (Campo de Sonhos, 1989) conheceu Ben Affleck que se tornou seu amigo inseparável. Nesse mesmo ano, entrou na Universidade de Harvard, inscrevendo-se no curso de Matemática. Em 1996, obteve o primeiro papel de destaque no filme Courage Under Fire (Coragem Debaixo de Fogo), dirigido por Edward Zwick, interpretando o papel de um veterano da Guerra do Golfo viciado em heroína. Para tornar a sua actuação convincente, Damon emagreceu voluntariamente 18 kg. A sua actuação, apesar de secundária, não passou despercebida a Francis Ford Coppola que reconheceu o seu potencial e convidou-o para protagonizar The Rainmaker (O Poder da Justiça, 1997). Nesta adaptação da obra de John Grisham, Damon interpretou o papel de Rudy Baylor, um advogado inexperiente que luta contra uma companhia de seguros corrupta que se recusa a pagar os tratamentos de um jovem com leucemia. Apesar de contar com actores como Danny DeVito, Jon Voight, Mickey Rourke e Danny Glover, este filme foi um fracasso de bilheteira. Seria com Good Will Hunting (O Bom Rebelde, 1997) que Matt Damon ascenderia ao estrelato. A partir de um argumento da autoria do próprio Damon em parceria com Ben Affleck, o filme conta a história de Will Hunting, um jovem empregado de limpeza que esconde o facto de ser um sobredotado. Quando as suas aptidões são descobertas por um professor da Universidade de Boston (Stelan Skasgaard), Will é acompanhado por um psicólogo (Robin Williams, no papel que lhe valeu o Óscar para Melhor Actor Secundário) que o ajuda a adaptar-se aos padrões sociais. O filme foi um dos maiores êxitos de bilheteira desse ano e a actuação de Damon conferiu-lhe a nomeação para o Óscar de Melhor Actor. Na cerimónia dos Óscares, perdeu esse prémio para Roberto Benigni, mas venceu na categoria de Melhor Argumento Original. A partir daí, tornar-se-ia numa das estrelas mais bem pagas de Hollywood. Incapaz de conciliar as filmagens com o seu curso superior de Matemática, abandonou-o no ano de finalista. Trabalhou com Steven Spielberg em Saving Private Ryan (O Resgate do Soldado Ryan, 1998) no papel de James Ryan, herói da Segunda Guerra Mundial, e contracenou com Tom Hanks. Entra também no polémico Dogma (1998), no papel do anjo-da-guarda Loki. Em 1999, foi dirigido por John Dahl em Rounders (A Vida é um Jogo), interpretando o papel de um jogador de póquer compulsivo, ao lado de Edward Norton, Martin Landau e John Malkovich. No mesmo ano, desempenhou o papel de Thomas Ripley em The Talented Mr. Ripley (O Talentoso Mr. Ripley), realizado por Anthony Minghella, a partir da obra homónima de Patricia Highsmith. Neste filme, contracenando com actrizes como Gwyneth Paltrow e Cate Blanchett, Damon assume a pele de um aventureiro homossexual que tenta usurpar a identidade de um milionário playboy (Jude Law). Voltou a provar o seu estatuto de primeira figura de Hollywood, protagonizando sucessos como Ocean's Eleven (Façam as Vossas Apostas, 2001), The Bourne Identity (Identidade Desconhecida, 2002), The Bourne Supremacy (Supremacia, 2004), Stuck on You (2003), Ocean's Twelve (2004), Syriana (2005), The Departed (The Departed: Entre Inimigos, 2006) e The Good Shepherd (O Bom Pastor, 2006).
Matt Damon. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-08]
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Heinrich Himmler
Da Infopédia:
Político alemão (1900-1945) do partido nazi, exerceu funções de chefia da polícia e de comando militar. Tornou-se a segunda personalidade mais importante do III Reich. Em 1936, passou a comandar a polícia política e assumiu a direcção das operações ligadas à exterminação dos judeus na Europa. Foi capturado pelos Aliados em Maio de 1945, altura em que se suicidou.
Heinrich Himmler. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-07]
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Faz anos hoje - Angela Lansbury
Da Infopédia:
Actriz inglesa, nascida em 1925, popularizada na década de 80 pela personagem Jessica Fletcher na série policial Murder, She Wrote (Crime, Disse Ela, 1984-93). Proveniente duma família de actores de teatro, emigrou para os Estados Unidos em 1941, procurando fugir aos bombardeamentos londrinos. Foi chamada pelos estúdios MGM para desempenhar um pequeno papel de criada no filme Gaslight (Meia Luz, 1944). A sua interpretação foi muito elogiada e recebeu a sua primeira nomeação para o Óscar de Melhor Actriz Secundária. Repetiu as nomeações com The Picture of Dorian Gray (O Retrato de Dorian Gray, 1945) e pelo seu melhor papel de sempre, o de mulher fria e calculista que utiliza o seu filho como assassino no filme maldito The Manchurian Candidate (O Enviado da Manchúria, 1962). Outros filmes em que participou: National Velvet (A Nobreza Corre nas Veias, 1944), State of the Union (Um Filho do Povo, 1948), Samson and Delilah (Sansão e Dalila, 1949), The Court Jester (O Bobo da Corte, 1956), Death on the Nile (Morte no Nilo, 1978), The Company of Wolves (A Companhia dos Lobos, 1984) e Beauty and the Beast (A Bela e o Monstro, 1991), onde emprestou a voz a uma das personagens.
Angela Lansbury. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-10-06]