Escrevi o texto abaixo já há algum tempo aqui no Outras Escritas aquando da passagem de um ano da morte do meu pai. Como hoje é um dia especialmente triste, uma vez que era o dia do seu aniversário, acho que devo uma vez mais partilhá-lo convosco.
A fotografia foi tirada há precisamente três anos aqui no Funchal, no último jantar de aniversário.
Funchal, 11 de Outubro de 2010
A fotografia foi tirada há precisamente três anos aqui no Funchal, no último jantar de aniversário.
Funchal, 11 de Outubro de 2010
Meu querido Pai
Faz hoje um ano que te foste embora, sem teres tido oportunidade de uma despedida. Partiste, assim de mansinho e aos poucos, depois de uma luta inglória que durou tempo demais e que não conseguiste vencer.
Desde essa altura que não me é permitido falar contigo, ouvir-te, ver-te ou sentir a tua presença.
Vivemos separados a maior parte das nossas vidas porque eu saí cedo de casa para poder estudar e nunca mais voltei, a não ser em tempos de férias, ou a meio de viagens de trabalho. A minha ausência implicava que não falássemos muitas vezes, mas era bom poder ouvir-te ao telefone pelo menos uma vez por semana e quando eu chegava ao Alentejo para uma visita, era muito bom ouvir-te dizer: "Então como está o meu querido filho?"
Ai, como tenho saudades de ouvir-te chamar-me "meu querido filho"!
Com a idade, foste ficando mais ternurento, meigo e sossegado, e isso foi bom para o nosso relacionamento. Parece que te sentia mais próximo de mim e que estávamos mais à vontade um com o outro. Notei isto, quando passaste a não suportar as nossas despedidas. Ias-te embora e ficavas sozinho enquanto eu partia.
Há um ano inverteram-se os papéis, partiste tu e deixaste-me a mim a a todos os que gostam de ti, mais sozinhos e mais tristes. Sei que não tens culpa e que provavelmente terias ficado, se isso dependesse só de ti, mas na verdade, fazes-me falta pai, fazes-me muita falta.
Um beijo do teu filho
Alberto
Amigo Alberto, nestas tuas palavras sinto a saudade, o carinho, o amor, a falta e o vazio que a partida de teu pai te deixou no teu coração. Mas infelizmente são sentimentos que jamais conseguiremos evitar, quando ficamos sem alguém que amamos. Hoje é um dia triste, eu sei, mas recorda-o e faz dessas recordações a tua força para seguires em frente, lutando pela vida.. Uma beijoca com mt carinho..amiga luisa.
ResponderEliminarObrigado Luísa. Beijinhos
ResponderEliminarA única forma que encontrro de me solidarizar contio, é partilhar o que também eu escrevi do meu.
ResponderEliminarUm abraço,
http://www.sairdaspalavras.blogspot.com/2010/04/assumirei-o-teu-caminho.html
Bjinho Alberto, e para toda a familia.
ResponderEliminarObrigado a Daniel pela partilha e Zélia pelo carinho.
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