O baritono1975 tem disponibilizado no YouTube, um conjunto de vídeos com gravações efectuadas no Teatro Nacional de São Carlos, que eu costumo "devorar vorazmente". Aqui fica um vídeo de Alfredo Kraus, o grande tenor espanhol, que passou várias vezes por Lisboa durante a sua longa carreira.
O vídeo é uma compilação da interpretação do tenor na ópera Werther de Massenet (chamo a atenção para a última ária do vídeo que é talvez a mais famosa desta ópera).
Alfredo Kraus é um dos tenores do passado que mais me agrada. Nesta gravação de 1990 contava já com uma certa idade (mais de 60 anos), mas a técnica vocal soberba, permitia-lhe ainda interpretações de alto calibre.
Procurei o tenor na Infopédia mas o resultado da pesquisa "apontou" para o grupo "Il Divo" (grupo pop formado por um conjunto de cantores líricos). É pena que assim seja. De qualquer forma na wikipédia (versão inglesa) há uma breve descrição da vida do cantor.
Muito obrigado por nos ter proporcionado a possibilidade de recordar esta récita memorável do Werther. Tive o privilégio de a ela assistir ao vivo. Kraus foi um dos melhores tenores ligeiros de sempre e esta é uma prova disso. A aria "Toute mon àme est là!... Porquoi me rêveiller" é belíssima, mas há outros motivos de grande interesse na gravação. Vê-se ainda Ileana Cotrubas, soprano romeno que também nos visitava com frequência na altura em que o São Carlos recebia grandes cantores estrangeiros e os podíamos apreciar em Lisboa, sem necessidade de "emigrar".
ResponderEliminarNão tem que agradecer FanaticoUm. O Kraus vai aparecendo sempre aqui no Outras Escritas. Infelizmente não assisti a nenhuma récita ou concerto do cantor.
ResponderEliminarHoje em dia "emigro" com frequência. Vou mais ao Liceu e ao Real do que ao São Carlos. É pena, mas é a nossa realidade.
Do São Carlos guardo memória de um concerto do Floréz e de uma "La Dona del Lago" em que o Floréz foi substituído pelo Blake (o meu rossiniano de eleição).
Eu mantenho-me, há mais de 20 anos, um fiel assinante das temporadas do São Carlos, sempre na expectativa de que a coisa melhore um pouco. Tal aconteceu recentemente na era Pinamonti, mas depois foi o descalabro total. Vamos ver como vai ser agora com este novo director artístico. Mas o facto de ainda nem ter sido divulgada a temporada não é bom indício.
ResponderEliminarTambém assisti a esse fabuloso concerto do Florez no São Carlos e mantenho-me um seu fiel admirador. É um digno sucessor do Kraus! E também assisti à "La Dona del Lago" e nunca perdoei ao Florez ter cancelado a récita (comportamento que não é habitual nele). Eu também vou muitas vezes fora, é actualmente a única maneira de se assistir ao vivo a excelentes espectáculos de ópera. Felizmente tenho tido essa possibilidade que não está ao alcance de todos mas, para um Fanático como eu (e como os outros 2 com quem partilho o blog), enche-nos a alma (e esvazia-nos os bolsos). É também uma questão de opção, pois as estravagâncias e férias esgotam-se pela ópera. Sei que tem visitado o nosso blog porque nele deixa comentários ocasionalmente, o que muito lhe agradeço pois nestas trocas de impressões enriquece-se muito o conhecimento que vamos tendo do que gostamos.
O facto de não viver em Lisboa, leva-me a não poder ir ao São Carlos regularmente. Mas, verdade seja dita, nada me tem atraído por ali ultimamente. Vejamos o que acontece com a nova direcção.
ResponderEliminarQuanto ao cancelamento do Flórez em "La Dona del Lago", confesso que não me aborreceu muito, uma vez que me permitiu ouvir o Blake numa das sua últimas apresentações em público. O público português não apreciou muito o cantor, mas para mim, não há melhor "rossiniano". Aliás, o Blake aparece bem mais aqui no Outras Escritas que o Flórez (risos).
Quanto ao Fanáticos da Ópera, é um excelente blogue do qual sou seguidor já há algum tempo. Não terei a vossa "pedalada", nem tenho possibilidade para assistir a tantas récitas como vós, pelo que muitas vezes me é impossível comentar. Partilho da vossa opinião quanto a alguns cantores, como a Gruberova, por exemplo. Já não direi o mesmo da Netrebko que não suporto na interpretação de óperas de Donizetti. Mas é na diversidade de opiniões e na partilha de experiências que se aprende...